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  • Foto do escritorAisha Raquel Ali

Entre um Café e Reflexões: A Mulher maravilha e o vazio interior.


Na última sexta-feira de novembro, vivenciei algo transformador enquanto liderava uma oficina para 30 mulheres, muitas delas desconhecidas. Esta experiência se destacou das anteriores porque, pela primeira vez, eu não estava buscando agradar ninguém. Antes, ansiava por reconhecimento e aplausos para preencher um vazio interior profundo, impulsionada por uma constante sensação de dívida e falta de gratidão.


Meus pensamentos giravam em torno da ideia de que meus pais "me deviam" algo, que eles poderiam ter sido diferentes, mais atentos. Essa narrativa criou um abismo emocional em mim. Após seis meses em um estado de perda - amizades, clientes, sucesso, admiração - e uma depressão, percebi que minha motivação para trabalhar não era financeira, mas uma busca desesperada por admiração e reconhecimento.


A verdadeira necessidade, descobri, era a autoestima, o reconhecimento do meu próprio valor, independente da validação externa. Durante o evento, ao mergulhar nas profundezas do meu feminino ferido e compartilhar minhas experiências e as das mulheres da minha família, experimentei uma transformação profunda. Compreendi que a realização verdadeira vem do amor e aceitação próprios, não da admiração alheia.


Cada sorriso e mensagem compartilhados tornaram-se sementes de cura no solo fértil da minha alma. Como libertar-se desse ciclo de dependência do reconhecimento externo? Reconhecendo minhas feridas internas e trabalhando o meu vazio. As mensagens sinceras e comovedoras que recebi encheram meu coração de alegria, ilustrando o poder da nossa autenticidade.


Hoje, conhecendo-me melhor, entendo que o reconhecimento é tanto minha dor quanto meu remédio. Parte da minha cura vem de acolher esses sentimentos e permitir que cada semente semeada nas mensagens que recebo floresça em meu coração, nutrindo minha alma.


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